Um bebê de três meses morreu, em Andradas (a 484 km de Belo Horizonte), no Sul de Minas Gerais, após ser brutalmente espancado pelo próprio pai. O laudo da perícia apontou que o bebê teve várias fraturas no corpo e principalmente na cabeça.
A mãe da criança, disse à Polícia que, durante a madrugada, estranhou o fato do filho não acordar chorando para ser amamentado, como de costume. Neste momento, ela teria constatado que a criança não estava respirando. A criança chegou a ser socorrida até um hospital da cidade, mas de nada adiantou.
Continua depois da publicidade
O que diz a Polícia Civil
Durante uma entrevista coletiva na manhã de quinta-feira, 28, concedida pela Polícia Civil de Andradas sobre a morte do pequeno Yago de apenas 3 meses de vida, os delegados que presidem o inquérito, Fabiano Mazzarotto e Michele Rocha, revelaram uma triste constatação sobre a causa da morte do bebê.
Segundo os delegados, a mãe Ana Carolina Lourenço Cândido, de 19 anos, contou que na noite anterior à morte da criança, o pai a espancou no período entre das 19h30 até às 21h30.
Após a confirmação da necropsia feita pela equipe do IML de Poços de Caldas de que a criança foi vítima de espancamento, os pais foram presos e ouvidos pela polícia civil separadamente.
O pai, Alexandre Mantonholi, de 23 anos, negou a autoria a todo momento e demonstrava frieza. Bem como a mãe que também não esboçou qualquer tipo de reação para quem tinha acabado de perder um filho. Durante o depoimento ela acabou confessando que o pai havia batido na criança com tapas no rosto e joelhadas no abdômen.
A mãe revelou ainda que o motivo das agressões seria o choro constante da criança que sofria de cólicas abdominais, caso muito comum em bebes na idade dele.
Segundo a delegada , Ana Carolina disse que o pai se estressou com o choro e partiu para as agressões. A mãe disse que tentou tirar a criança do pai e pediu que parasse, mas não teria tomada outras providências. Durante o depoimento Ana Carolina tentou o tempo todo se eximir da culpa. Para os delegados ela foi omissa em não pedir socorro e denunciar as agressões.
A mãe só tomou providência por volta de 1h30 da manhã quando observou que a criança não havia acordado para mamar. Foi então que viu que o bebê tinha dificuldades para respirar e chamou o SAMU.
A polícia civil acredita que as agressões vinham acontecendo há mais tempo, uma vez que vizinhos do casal já haviam feito denúncias ao Conselho Tutelar, que chegou a ir à casa dos pais, porém não encontraram indícios de maus tratos.
De acordo com os delegados o casal não fazia uso de bebida e nem de drogas. A polícia civil tem 10 dias para concluir o inquérito e vai ouvir outras testemunhas. O casal está preso.
(R7/Por Dentro da Notícia)
VER PRIMEIRO